O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está confirmado para participar da Cúpula do G77 em Cuba, no dia 16. O convite partiu do próprio ditador cubano, Miguel Diaz-Canel, que preside o bloco. A presença de Lula nesse evento, segundo analistas, é mais um passo em sua tendência de se aproximar de nações com regimes autoritários.
Fundado em 1964, o grupo nasceu após a primeira sessão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, em Genebra. Na ocasião, os 77 países fundadores assinaram a Declaração Conjunta dos Setenta e Sete Países em Desenvolvimento. Com o tempo, o grupo expandiu-se e atualmente engloba 134 nações.
Embora inicialmente visasse a união de vozes de nações do chamado Sul Global em busca de desenvolvimento econômico, o G77 tem tomado uma conotação política e ideológica distinta nos últimos anos. Um ponto de atenção é a composição de seus membros: a maioria dos países do G77 não é caracterizada como democrática, incluindo Cuba, que assume a presidência rotativa do bloco.
O interesse de Lula em se aproximar do autocrata cubano é evidente. O encontro entre ambos no próximo mês será o segundo este ano. Durante a Cúpula do Novo Pacto Financeiro Global, na França, em junho, os dois líderes tiveram um encontro bilateral, sinalizando uma estreita relação em meio a questões controversas.
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