Governo Lula paga R$196 milhões sem licitação a empresa de réu por desvios

Foto: Sérgio Lima/Podder360

O governo federal fechou contratos no valor total de R$ 196 milhões com a LCM Construção e Comércio, sem passar por licitação. A empresa, liderada por Luiz Otávio Fontes Junqueira, enfrenta acusações do Ministério Público Federal por improbidade administrativa e superfaturamento em projetos, incluindo a construção de um hospital no Pará. A LCM, que já acumula impressionantes R$ 1,5 bilhão em contratos durante o governo Lula, tem uma extensa história de participação em licitações do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT).

Recentemente, o ex-presidente Lula marcou presença no lançamento de mais um projeto conduzido pela LCM: a duplicação, adequação e restauração da BR-423/PE, no agreste pernambucano. Os maiores contratos, realizados sem concorrência pública, envolvem obras nas BR-226 e BR-316 no Maranhão, BR-280 e BR-470 em Santa Catarina, totalizando R$ 79,5 milhões, R$ 51,5 milhões e R$ 46,4 milhões, respectivamente.

Além disso, a LCM celebrou contratos sem licitação no Amazonas (R$ 8,2 milhões), Rondônia (R$ 7,9 milhões) e no Rio de Janeiro (R$ 2,7 milhões). Somando os contratos deste ano, a empresa já ultrapassou a marca de R$ 1,5 bilhão, sendo escolhida 29 vezes pelo Governo Federal. Essa quantia supera em quatro vezes o total de contratos da empresa ao longo dos quatro anos do Governo Bolsonaro.

A empreiteira, criada em 2014 durante a Operação Lava Jato, enfrentou investigações da Polícia Federal em 2019, sendo acusada de fraudes em medições e pagamentos de serviços de pavimentação na BR-364, em Porto Velho (RO). O dono da LCM, Luiz Otávio Fontes Junqueira, já havia sido acusado de improbidade em 2011 por prejuízos em obras na BR-153, no Tocantins, e também enfrenta acusações de superfaturamento na construção de um hospital em Santarém, no Pará.

Os portais de notícias tentaram contato com a LCM Construção e Comércio, mas até o momento não obteve retorno. O Ministério dos Transportes alegou, em nota, que as dispensas de licitação seguiram as exigências técnicas, tanto no Maranhão quanto em Santa Catarina, e que as obras foram realizadas de acordo com as normas legais e constitucionais.

Fontes:

Terra Brasil Notícias

Donny Silva

Diário Brasil Notícias

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