Com Bolsonaro, PIB do Brasil cresceu 3% em 2022, segundo o IBGE

Foto: AFP/REPRODUÇÃO

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma revisão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022. Anteriormente divulgado em 2,9%, o PIB foi ajustado para 3%, uma diferença de 0,1 ponto percentual (pp). Essa atualização, revelada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (05), veio acompanhada dos resultados do terceiro trimestre de 2023.

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, explicou que essa diferença decorreu da alteração nos pesos do Sistema de Contas Nacionais, realizada com base em novos dados.

“A gente reestimou os quatro trimestres de 2022já com a revisão de todos os dados primários usados frequentemente, como a pesquisa industrial mensal e a de serviços, dados externos financeiros, de seguros e de saúde e também as pesquisas estruturais anuais da parte da agropecuária”, afirmou.

Segundo o IBGE, a divulgação do terceiro trimestre de cada ano é marcada por uma revisão abrangente nas Contas Nacionais Trimestrais, incorporando os novos pesos das Contas Nacionais Anuais referentes aos dois anos anteriores. Nesse momento, são incluídas atualizações nas séries de dados adotadas e, se necessário, melhorias metodológicas.

As séries das Contas Nacionais Trimestrais foram revistas após a divulgação dos resultados anuais definitivos para 2021, baseados no Sistema de Contas Nacionais com referência em 2010.

Rebeca Palis acrescentou: “Nesse período quando a gente faz uma revisão maior da série, baseada nas contas que divulgamos no começo de novembro das Contas Nacionais Anuais, que hoje em dia são considerados, para a gente, como definitivas a partir de 2021 e a partir delas, a gente recalcula o ano de 2022 nos quatro trimestres e recalcula os dois primeiros de 2023”.

A revisão de 2022, segundo a coordenadora, teve pouco impacto na indústria e serviços, mas significativa na agropecuária, onde a queda passou de 1,7% para 1,1%. Isso se deve à transição das pesquisas trimestrais para estruturais.

No lado da demanda, a maior variação foi nas despesas de consumo do governo, relacionadas aos dados de saúde. Essas despesas passaram de 1,5% para 2,1% após a revisão, refletindo ajustes nos dados de saúde pública do DataSUS.

Fontes:

Agência Brasil 

Metrópoles 

Terra Brasil Notícias

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