Nesta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), defendeu a ideia de que endividar o Brasil em prol do seu crescimento não representa um problema. Para Lula, tais decisões são fundamentadas em questões políticas, não apenas em preocupações fiscais.
Em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, o presidente expressou a sua visão, destacando a importância de se discutir o direcionamento do país para a próxima década. Para ele, se for necessário contrair dívidas para impulsionar o crescimento nacional através da produção de ativos produtivos, isso não deveria ser encarado como um problema.
Lula enfatizou a necessidade de escolher entre remover os obstáculos que impedem esse caminho ou se apegar a questões como a Lei de Responsabilidade Fiscal, superávit primário e inflação, desanimando diante das possibilidades de avanço econômico.
O presidente também mencionou a manutenção da meta fiscal de deficit zero para 2024, algo confirmado pelo governo em novembro. Suas declarações ocorrem em um momento em que o governo busca apoio para aprovar medidas econômicas ligadas ao Orçamento de 2024, buscando aumentar a arrecadação.
Entre as prioridades estão a finalização da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária e a Medida Provisória que propõe mudanças nas regras de subvenções do ICMS para grandes empresas.
Lula assegurou que a economia não decepcionará no próximo ano e projetou que os investimentos governamentais deste ano resultarão em geração de empregos e aumento do consumo em 2024.
Além disso, abordou a prorrogação do programa Desenrola até março de 2024. Inicialmente previsto para terminar no final do ano em curso, o presidente explicou que a extensão busca possibilitar que mais pessoas aproveitem o programa para renegociar suas dívidas. Ele apontou que, dos 72 milhões de brasileiros endividados, apenas 10 milhões se beneficiaram do Desenrola até então.
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