Senadores da oposição denunciam perseguição política após operações da PF e exigem ação imediata contra foro privilegiado

Os senadores que se opõem ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram nesta quarta-feira (31) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar as principais demandas do grupo no Legislativo, após recentes operações da Polícia Federal (PF) direcionadas a políticos do grupo. Após o encontro, os parlamentares decidiram não divulgar integralmente a lista de projetos que desejam ver avançar no Congresso, mas indicaram que estão buscando o progresso da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata do fim do foro privilegiado, bem como da PEC que propõe um mandato para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A oposição aguarda uma resposta de Pacheco até sexta-feira (2 de fevereiro) sobre quais temas devem avançar no Congresso.

O líder da Oposição, Rogério Marinho (PL-RN), salientou a necessidade de “equilibrar o processo democrático” no Congresso e solicitou ao presidente do Senado que dialogue com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que ambas as Casas possam progredir com as pautas em defesa do Legislativo. Marinho destacou que apresentaram uma pauta legislativa ao presidente do Senado com o intuito de equilibrar o processo democrático e pediram diálogo com a Câmara para a tramitação das propostas em ambas as Casas.

A PEC que trata do fim do foro privilegiado foi aprovada no Senado em 2017 e aguarda análise na Câmara dos Deputados. Os oposicionistas reiteraram que estão sendo alvo de “perseguição política”, argumentando que a “exceção virou regra”. Marinho também criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizou as operações da PF, expressando preocupação com a condução dos inquéritos. Ele apontou que o sistema judiciário, que permite que a vítima seja o julgador, está comprometido.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que a PF está prejudicando sua própria reputação e alegou a existência de uma PF paralela a serviço do governo Lula. Ele argumentou que há uma conjuntura favorável para perseguir Bolsonaro e seus aliados políticos. Além de Marinho, participaram do encontro os senadores Tereza Cristina (PP-MS), Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE), Márcio Bittar (União Brasil-AC), Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Podemos-ES) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado›

Fontes: https://tribunadopoder.com.br/politica/oposicao-contra-ataca-senadores-buscam-medidas-drasticas-apos-acoes-da-pf/
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/02/6795974-operacoes-da-pf-lideres-da-oposicao-pressionam-pacheco.html#google_vignette
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/apos-operacoes-da-pf-senadores-da-oposicao-se-reunem-com-pacheco-e-cobram-mudancas/

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