Faltando pouco mais de um mês para o primeiro turno das eleições legislativas, os partidos de esquerda enfrentam o desafio de superar uma alta taxa de rejeição se quiserem sair vitoriosos nas disputas. Uma análise feita pelo Globo, com base em dados da Quaest sobre as corridas eleitorais em 24 capitais, revelou que dos 25 candidatos com mais de 40% de desaprovação, dez pertencem ao PT, PSOL, PSTU ou PCO.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), que busca a reeleição, tem apenas 15% de intenção de votos, mas enfrenta uma rejeição de 69%, considerada uma barreira significativa. Recentemente, sua gestão sofreu uma crise relacionada à coleta de lixo, resultando em acúmulo de resíduos nas ruas. A dívida acumulada de mais de R$ 15 milhões com as empresas responsáveis pelo serviço agravou o problema.
Outras figuras da esquerda também enfrentam altos índices de rejeição. Em Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário (PT) está tecnicamente empatada com o atual prefeito em intenções de voto, mas possui uma taxa de reprovação de 48%. Situação semelhante ocorre em Manaus, onde o ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT), candidato à prefeitura, também é rejeitado por 48% dos eleitores.
Em São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) está tecnicamente empatado na liderança da corrida pela prefeitura, mas enfrenta uma taxa de rejeição de 45%, segundo pesquisa da Quaest. Boulos disputa com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com forte apoio entre os eleitores que anteriormente apoiaram Jair Bolsonaro.
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