O discurso de austeridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cai por terra diante de sua luxuosa estadia no Fairmont Copacabana, no Rio de Janeiro. O hotel cinco estrelas, conhecido por sua opulência, oferece acomodações que podem custar R$5,3 mil por noite — quase quatro vezes o salário-mínimo, que Lula recentemente aumentou em míseros R$18, elevando-o para R$1.412.
Enquanto o governo protela decisões importantes sobre cortes de gastos públicos, Lula e sua esposa, Rosângela da Silva, a Janja, desfrutam de um ambiente exclusivo, repleto de mordomias que destoam completamente da realidade da maioria dos brasileiros. Entre as extravagâncias disponíveis no cardápio do hotel, destaque para um ovo vendido por R$80 e uma garrafa de vinho argentino Cobos Malbec (safra 2018) que custa exorbitantes R$9,8 mil.
A escolha do hotel é mais um exemplo do estilo de vida nababesco adotado pelo presidente e sua esposa, que frequentemente são vistos em eventos glamorosos e viagens internacionais dignas de celebridades, enquanto pregam o discurso de que “os ricos devem pagar a conta”. O contraste é gritante: enquanto milhões de brasileiros lutam para sobreviver com um salário que mal cobre as necessidades básicas, Lula desfruta de privilégios que poucos podem sequer sonhar.
O que torna a situação ainda mais polêmica é o momento delicado do país. O governo enfrenta pressão para equilibrar as contas públicas, prometendo cortes de despesas em várias áreas, mas sem tocar nos próprios privilégios. O custo dessas estadias de luxo, somado aos demais gastos da máquina pública, reforça a percepção de que há dois Brasis: o dos governantes e o do povo.
A hospedagem no Fairmont Copacabana também levanta questões sobre prioridades. Será que o presidente, que tanto criticou “ostentações burguesas” no passado, não percebe o recado que envia ao povo ao escolher acomodações tão distantes da realidade da maioria? Ou, pior, será que simplesmente não se importa?
Enquanto Lula desfruta de ovos gourmet e vinhos premiados, o trabalhador brasileiro segue enfrentando inflação alta, salários defasados e um sistema público cada vez mais sobrecarregado. O contraste entre o discurso e a prática do governo atual não poderia ser mais evidente.
Se o presidente deseja mesmo demonstrar preocupação com as dificuldades do povo, talvez seja hora de começar a dar o exemplo, renunciando a extravagâncias e mostrando que a tão falada “responsabilidade fiscal” começa pelo Palácio do Planalto. Caso contrário, eventos como este só reforçarão a imagem de um governo desconectado das reais necessidades da população.
Fonte: Hotel de Lula no Rio tem ovo a R$80 e até vinho de R$9,8 mil – Diário do Poder