A análise de Fernando Jasper expõe uma realidade inconveniente para o governo atual: a crise fiscal que enfrentamos é causada pela falta de responsabilidade com o déficit primário, não pelos “rentistas” ou pelos juros altos do Banco Central, como frequentemente a esquerda argumenta. Esse discurso é uma tentativa clara de transferir a culpa para o mercado financeiro, enquanto o verdadeiro problema é o descontrole nos gastos públicos.
O governo não só evita o corte de despesas desnecessárias, como promove políticas que priorizam o aumento do gasto sem o respaldo das receitas, alimentando o ciclo vicioso da dívida. A falta de comprometimento com o equilíbrio fiscal não apenas impede o país de atrair investimentos, como também força o Banco Central a manter os juros elevados para controlar a inflação gerada pelo próprio governo.
A visão de figuras do Partido dos Trabalhadores, como Gleisi Hoffmann, que criticam a meta de zerar o déficit fiscal, reforça a permissividade com o gasto desenfreado, como se pudéssemos perpetuar o déficit sem consequências. Essa postura cria um ambiente onde os “rentistas” se beneficiam, mas não por culpa do mercado, e sim pela própria irresponsabilidade fiscal do governo. Essa é uma crise autoinfligida, onde o descontrole fiscal da esquerda acaba favorecendo aqueles que detêm títulos da dívida pública.
A solução é óbvia: precisamos de uma política fiscal responsável, que reduza o déficit e permita uma economia saudável, em que os juros possam cair naturalmente e os investimentos possam prosperar.
Fonte: Esquerda ignora déficit primário, culpa juros e alegra “rentistas”