O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a alfinetar o governo Lula, desta vez mirando na postura da atual primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Em declarações recentes, Bolsonaro destacou que o comportamento de sua esposa, Michelle Bolsonaro, enquanto primeira-dama, é incomparável ao de Janja, evidenciando o que ele considera um abismo entre as duas no que diz respeito à conduta pública e ao papel institucional que desempenharam.
Michelle Bolsonaro, conhecida por sua discrição e dedicação a causas sociais, construiu uma imagem de respeito e seriedade enquanto ocupava o cargo de primeira-dama. Durante seu tempo no Palácio da Alvorada, ela liderou iniciativas voltadas à inclusão social e à defesa de grupos vulneráveis, ganhando a admiração de uma parcela significativa da população. Agora, como figura influente dentro do Partido Liberal (PL), Michelle é cogitada como uma forte candidata ao Senado, com apoio nacional crescente e especulações de uma disputa no Distrito Federal.
Em contrapartida, Janja tem acumulado polêmicas que reforçam sua imagem de uma figura impulsiva e descompromissada com o decoro que o cargo exige. No mais recente episódio durante a Cúpula do G20, Janja chamou o empresário Elon Musk de “idiota”, um comentário que repercutiu negativamente, tanto no âmbito do cerimonial quanto nos bastidores do governo. O insulto teria irritado o próprio presidente Lula, que, segundo fontes, evitou desfilar de mãos dadas com a esposa durante o evento, em uma tentativa de minimizar os danos.
Essa postura tem gerado críticas severas, com muitos questionando a capacidade de Janja de compreender a relevância e a seriedade de seu papel em eventos internacionais. Em vez de representar o Brasil com elegância e respeito, como se espera de uma primeira-dama, Janja frequentemente adota um comportamento que beira o vulgar, segundo seus detratores.
Observadores políticos apontam que essa conduta desestabiliza a imagem do governo, especialmente em momentos cruciais de interação com outras nações. Enquanto Michelle Bolsonaro se destacou por sua elegância e seu trabalho em prol de causas sociais, Janja tem sido vista como uma figura polarizadora, cuja atuação pública muitas vezes parece mais voltada a gerar conflitos do que a construir pontes.
Além disso, a postura de Janja reflete um tom de afronta que contrasta com o que é tradicionalmente esperado de um cônjuge presidencial. Suas declarações públicas frequentemente colocam o governo em situações embaraçosas, desviando o foco de questões importantes para polêmicas desnecessárias. Em vez de agir como uma força moderadora ao lado de Lula, Janja parece intensificar as turbulências que já cercam o governo.
Enquanto Michelle Bolsonaro deixou como legado uma imagem de discrição, trabalho social e empatia, Janja é criticada por adotar uma abordagem que muitos consideram inadequada para o papel de primeira-dama. O contraste entre as duas, na visão de Bolsonaro e de seus apoiadores, é mais do que uma diferença de estilo: é um reflexo das prioridades e valores de dois governos que caminham em direções opostas.
O episódio do G20 é apenas mais um entre muitos que levantam dúvidas sobre a adequação de Janja ao cargo. Enquanto ela se envolve em polêmicas e declarações impensadas, Michelle continua a ser lembrada como um exemplo positivo de como uma primeira-dama pode influenciar positivamente a sociedade, mesmo fora do cargo oficial.
Fonte: Hotel de Lula no Rio tem ovo a R$80 e até vinho de R$9,8 mil – Diário do Poder