O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento nesta terça-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Após o interrogatório, Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, reafirmando sua inocência, criticando o que chama de perseguição política e projetando seu retorno à Presidência em 2026.
“Compareci ao STF com a consciência tranquila, de cabeça erguida e o espírito sereno de quem sabe que é inocente”, escreveu o ex-presidente no X (antigo Twitter).
“Não invoquei silêncio”
Bolsonaro destacou que respondeu a todas as perguntas feitas pela autoridade judicial sem recorrer ao direito ao silêncio. Segundo ele, isso demonstra sua confiança na verdade e sua postura de transparência.
“Respondi a cada pergunta com convicção. Quem tem a verdade como companheira não teme ser questionado.”
Ele também relembrou ações do seu governo, como corte de impostos, investimentos em infraestrutura e respeito à Constituição, como prova de sua atuação responsável à frente do Executivo.
Críticas a supostas narrativas e defesa de aliados
Na publicação, Bolsonaro repudiou as acusações em torno da chamada “minuta do golpe”, alegando que nunca discutiu qualquer plano com teor golpista e que nunca autorizou a prisão de autoridades.
“É uma mentira inventada para justificar uma perseguição política”, escreveu.
O ex-presidente também defendeu seu ex-assessor Filipe Martins, citado nas investigações. Segundo Bolsonaro, é “absurdo” supor que Martins teria envolvimento com temas de segurança interna.
Fé, liberdade e retorno político
Citando a Bíblia — especificamente João 8:32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” — Bolsonaro afirmou que sua luta é por liberdade e justiça, em nome de milhões de brasileiros que compartilham dos mesmos valores conservadores.
“O que vivi — e o que ainda vivo — é parte de uma luta maior, por um país mais livre, mais justo e mais forte.”
Ao final, reforçou sua intenção de disputar as eleições de 2026:
“Sairei dessa mais confiante de que serei o próximo presidente da República para ajudar a tirar o nosso país dessa bagunça.”
Com isso, Bolsonaro reafirma sua liderança dentro da direita brasileira e mantém sua mobilização política para um eventual retorno ao poder.