A terça-feira, 8, promete ser marcada por reviravoltas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que busca respostas sobre os tumultos que abalaram o Brasil. Às 9 horas, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, enfrentará um intenso interrogatório. Nomeado como testemunha a pedido da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Torres carrega um passado polêmico e controverso.
Anderson Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do DF durante o fatídico 8 de Janeiro, dia dos atos que atingiram as sedes dos três Poderes. Embora ausente do país na ocasião, manifestantes enfurecidos invadiram e vandalizaram essas instituições. A curiosa situação levanta questionamentos inevitáveis sobre sua atuação e conhecimento prévio dos eventos.
Agravando ainda mais o cenário, Torres chegou a ser preso a pedido da Polícia Federal, sob acusações de omissão em relação aos incidentes. Agora, libertado e monitorado por uma tornozeleira eletrônica, ele enfrenta um momento crucial de sua trajetória pública.
O 8 de Janeiro, que ocorreu uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou caos e a prisão de milhares de pessoas. A resposta imediata dos presidentes dos três Poderes foi uma nota de defesa à democracia e a aprovação da intervenção federal no Distrito Federal pela Câmara dos Deputados.
Em abril, o Congresso Nacional lançou a CPMI, presidida pelo deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA) e composta por 16 senadores, 16 deputados e a relatora Eliziane Gama. O depoimento de Anderson Torres promete revelar detalhes que poderiam ter mudado o curso dos acontecimentos naquele fatídico dia, e os holofotes estarão voltados para suas palavras e ações passadas.
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