Estadão critica Lula: “Não conhece o idioma do trabalhador”

Em editorial publicado nesta sexta-feira (2), o jornal O Estado de S. Paulo fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de estar desconectado da realidade atual dos trabalhadores brasileiros. O texto condena a ausência do chefe do Executivo nas comemorações do Dia do Trabalho e classifica como “demagógico” o pronunciamento oficial em rede nacional feito na véspera da data.

Para o jornal, Lula optou por repetir chavões do sindicalismo petista do século passado, como a promessa de redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A publicação afirma que o presidente preferiu a segurança do Palácio do Planalto a comparecer em um ato público com trabalhadores, temendo repetir o esvaziamento das plateias visto no 1º de Maio de 2023.

O Estadão também aponta que o discurso do petismo se tornou anacrônico, preso à figura do operário de chão de fábrica, e incapaz de dialogar com o trabalhador do século XXI. O editorial critica o governo por ignorar transformações como o avanço do empreendedorismo individual, da economia digital e do trabalho remoto.

“Lula fala como se ainda estivesse nos anos 1970”, escreveu o jornal, acrescentando que a insistência do PT em manter uma retórica de luta de classes não mobiliza mais a sociedade atual. Para o Estadão, essa linguagem ultrapassada revela um abismo entre a cúpula do governo e os brasileiros comuns, especialmente jovens precarizados e profissionais fora do modelo sindical tradicional.

O texto encerra com uma sentença enfática: “Nenhum deles ali, a começar por Lula, conhece o idioma do trabalho no século 21.”

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