O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta terça-feira (2) que pretende encaminhar ao governo dos Estados Unidos um relatório com novas denúncias contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o documento será entregue às autoridades norte-americanas para expor possíveis abusos de poder e violações de direitos humanos atribuídas ao magistrado e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
As acusações são baseadas no depoimento de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em audiência no Senado, Tagliaferro afirmou que Moraes teria autorizado buscas contra empresários apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro em 2022 apenas com base em uma reportagem jornalística, sem fundamentação jurídica. De acordo com o relato, a justificativa legal teria sido incluída depois, com data retroativa, configurando fraude processual.
Flávio Bolsonaro destacou a gravidade das revelações e disse que é essencial que elas tenham repercussão internacional: “Não podemos permitir que violações de direitos e perseguições políticas sejam normalizadas”, afirmou.
O senador também lembrou que Moraes já foi sancionado pelo governo Donald Trump com base na Lei Magnitsky, legislação que pune autoridades acusadas de abusos. Para ele, isso reforça a expectativa de que os Estados Unidos mantenham atenção sobre a situação no Brasil.
A iniciativa do filho mais velho de Jair Bolsonaro é vista como mais um gesto de alinhamento político entre o ex-presidente brasileiro e Trump. Flávio disse que age não apenas em defesa de seu pai, mas de milhões de brasileiros que, segundo ele, estão sendo prejudicados por arbitrariedades.
“Bolsonaro e Trump são símbolos de resistência contra perseguições políticas em seus países. É nosso dever mostrar ao mundo os abusos que estão sendo cometidos aqui”, concluiu o senador.