De janeiro a novembro de 2023, o governo enfrentou um déficit de R$ 114,3 bilhões nas contas públicas, ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse é o pior resultado para o período desde 2020, quando a pandemia de covid-19 teve início. O Tesouro Nacional divulgou esses números no dia 27 de dezembro de 2023, mostrando um saldo negativo resultante da diferença entre receitas e despesas, excluindo o pagamento de juros da dívida.
O déficit, em termos atuais, alcançou R$ 114,63 bilhões nos primeiros onze meses de 2023, ficando abaixo do registrado em 2020, que foi de R$ 699,12 bilhões.
No mesmo período de janeiro a novembro de 2022, houve um superávit de R$ 54,8 bilhões quando considerada a inflação. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, prevê que o déficit primário em 2023 atinja cerca de R$ 125 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também antecipa um déficit de R$ 10 bilhões para dezembro.
Ceron afirmou que a busca pelo equilíbrio das contas públicas começará em 2024 e expressou otimismo em relação ao próximo ano, destacando a expectativa de recebimento de até R$ 14 bilhões em repasses judiciais da Caixa Econômica no primeiro trimestre de 2024. Ele também mencionou a possibilidade de arrecadar R$ 20 bilhões por meio de preços de transferência, de acordo com estimativas da Receita Federal.
Em novembro de 2023, o governo federal apresentou um déficit de R$ 39,39 bilhões, o segundo pior resultado para o mês em termos reais. Em comparação, em novembro de 2016, o déficit foi de R$ 54,42 bilhões, ajustado pelo mesmo critério, sendo o pior valor em termos nominais para todos os meses de novembro.
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