A possibilidade do retorno de Donald Trump à Casa Branca está tirando o sono do governo Lula, revelando um claro temor diante da postura firme do ex-presidente americano. Lula, ao apoiar Kamala Harris, parece esquecer que a diplomacia se faz com pragmatismo, e não com alianças ideológicas. A volta de Trump, com seu estilo direto e foco em interesses estratégicos, seria um choque para uma gestão que prefere relações amenas e concessões, sem lidar com pressões reais.
A preocupação de Lula com temas como meio ambiente e direitos humanos esconde o real problema: o receio de que Trump, ao colocar o interesse dos EUA acima de agendas multilaterais, tire o tapete debaixo dos pés de um governo que aposta em acordos e promessas externas para sustentar suas políticas internas. A expectativa de Lula para o fundo da Amazônia, por exemplo, coloca o Brasil em uma posição de dependência, enquanto Trump já demonstrou que não hesitará em recuar de compromissos climáticos.
Mais que isso, a aproximação de Trump com figuras como Elon Musk sinaliza o fortalecimento de uma agenda conservadora que impacta o cenário global e respinga diretamente no Brasil. Em Brasília, essa aliança é vista como uma ameaça — o governo teme que um fortalecimento da direita americana aumente a pressão sobre as políticas progressistas de Lula, que têm sido criticadas em temas como liberdade de expressão e atuação do STF.
Essa postura do governo brasileiro, de antecipar um cenário de conflito, é um reflexo da falta de preparo para lidar com um Trump focado no fortalecimento econômico e na soberania dos EUA. Em vez de buscar uma diplomacia robusta e realista, o governo Lula parece mais preocupado em temer o futuro, demonstrando que prefere uma Casa Branca alinhada com seus interesses do que um líder americano que priorize o pragmatismo e exija resultados claros nas relações bilaterais. O Brasil precisa de uma liderança que enfrente as pressões externas com maturidade, não de um governo que se refugia em receios e alianças ideológicas.