A Casa Branca voltou a citar o Brasil ao falar sobre censura e liberdade de expressão. Nesta terça-feira (9), a porta-voz do governo dos Estados Unidos, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump “não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar” norte-americano para proteger o direito à livre manifestação em todo o mundo.
A fala ocorreu em entrevista coletiva, no mesmo dia em que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação dos acusados, sendo acompanhado por Flávio Dino.
Sanções contra autoridades brasileiras
Leavitt destacou que medidas já foram tomadas pelo governo norte-americano em relação ao Brasil. Entre elas:
- Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros;
- Revogação de vistos de quase todos os ministros do STF, com exceção de André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques;
- Aplicação da Lei Global Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a porta-voz, as ações servem de exemplo “para garantir que países ao redor do mundo não punam seus cidadãos dessa forma”.
“Questão mais importante do nosso tempo”
Leavitt classificou a liberdade de expressão como “a questão mais importante do nosso tempo” e reforçou que Trump coloca o tema no centro de sua agenda política.
“O Presidente não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.”
Ainda nesta terça-feira, o conselheiro estratégico de Trump, Jason Miller, chamou Alexandre de Moraes de “maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”.
O julgamento contra Bolsonaro segue no STF e deve ter novos capítulos nos próximos dias.