O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou atrás em relação à possível prisão do presidente russo Vladimir Putin em solo brasileiro durante a próxima reunião do G20. Em uma entrevista no fim de semana, o líder petista havia afirmado que Putin não seria detido, mas em uma coletiva nesta segunda-feira (11/9), ressaltou que a decisão está nas mãos da Justiça.
A polêmica gira em torno do mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Putin, sob acusação de deportação forçada de crianças ucranianas, em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em teoria, a ordem do tribunal impõe às autoridades de todos os países signatários a obrigação de deter o presidente caso ele pise em seus territórios. No entanto, o mandatário brasileiro optou por aguardar o desenrolar dos acontecimentos, afirmando que “quem decide é a Justiça”. Acrescentou ainda que não pretende tomar medidas para retirar o Brasil do TPI.
Lula também fez críticas ao Tribunal Internacional, classificando os países signatários como “bagrinhos”, em referência à sua influência limitada na geopolítica global.
Durante a coletiva na Índia no fim de semana, Lula havia declarado que Putin não seria preso no Brasil caso comparecesse à reunião do G20, marcada para o Rio de Janeiro no próximo ano. Ele adiantou que planeja visitar a Rússia antes do encontro.
“Ele será convidado porque no ano que vem teremos a cúpula dos Brics na Rússia. Antes do G20 no Brasil, teremos essa reunião dos Brics na Rússia, e eu estarei presente. (…) Espero que todos venham para o G20 no Brasil”, destacou Lula ao canal Firstpost, da Índia.
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