Lula repete estratégia de Dilma e tenta maquiar conta de luz com medida eleitoreira, aponta Estadão

O governo Lula voltou a utilizar o setor elétrico como ferramenta populista, às vésperas de um ano eleitoral, em uma manobra que lembra a fracassada política do governo Dilma Rousseff. Segundo editorial do jornal O Estado de S. Paulo, publicado nesta sexta-feira (21), a medida provisória enviada pelo Planalto amplia subsídios na conta de luz para consumidores de baixa renda, afetando diretamente a classe média e o setor produtivo.

A proposta, sob o pretexto de “inclusão social”, pretende beneficiar quase metade da população com isenções e descontos, mas o custo — estimado em cerca de R$ 4,45 bilhões — não será assumido pelo governo. Em vez disso, será repassado à sociedade, encarecendo ainda mais a conta de luz para quem já sofre com impostos altos e inflação.

“O governo Lula está disposto a correr esse risco em nome da reeleição”, afirma o Estadão. A tentativa de suavizar o impacto, com a promessa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que o aumento será “pequeno e temporário” (cerca de 1,4%), foi classificada como enganosa. O jornal lembra que o mesmo discurso foi feito no governo Dilma, com a MP 579, cujo resultado foi aumento tarifário, apagões e prejuízos ao consumidor.

Impactos negativos à indústria e à economia

Um dos setores mais afetados será a indústria eletrointensiva. Segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o custo da energia pode subir até 20%, o que prejudicará a competitividade internacional da indústria brasileira e dificultará exportações.

Assim, enquanto Lula fala em “neoindustrialização”, o próprio governo cria barreiras à sobrevivência da indústria nacional, segundo a crítica do jornal.

Subsídios seletivos e risco de “festival de jabutis”

O editorial destaca ainda a omissão do governo ao não enfrentar privilégios mantidos para setores com forte lobby político, como o da geração distribuída (painéis solares). Enquanto esses grupos mantêm benefícios bilionários, o custo dos novos subsídios será transferido para os consumidores comuns.

O Estadão alerta que o Congresso poderá aprovar apenas os trechos mais populistas da medida e incluir outros dispositivos, transformando a medida provisória em um “festival de jabutis”, com novos penduricalhos legislativos e mais subsídios bancados pelos contribuintes.

Um filme repetido e perigoso

O jornal conclui que o Brasil corre o risco de repetir o colapso do setor elétrico que marcou o governo Dilma. Para o Estadão, o governo Lula age com irresponsabilidade fiscal, manipulando números para ganhar popularidade às custas do equilíbrio econômico e da sustentabilidade do setor elétrico.

Enquanto tenta comprar votos com o que chama de “desconto eleitoreiro”, o governo coloca a economia e o bolso do brasileiro em risco, mantendo um padrão de descontrole que não aprendeu com os erros do passado.

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