No dia 13 de dezembro de 2024, um episódio revoltante ocorreu na UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. José Augusto Mota Silva, de apenas 32 anos, perdeu a vida enquanto aguardava por atendimento médico. Apesar de relatar fortes dores ao chegar à unidade, ele foi negligenciado e acabou morrendo diante da omissão dos profissionais de saúde.
Imagens chocantes mostram José Augusto desacordado na sala de espera, sem qualquer assistência imediata. Funcionários só agiram depois que ele já estava inconsciente, colocando-o em uma maca para levá-lo à Sala Vermelha, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ele não resistiu. Este descaso brutal é inadmissível e inaceitável em qualquer circunstância.
A Secretaria Municipal de Saúde reconheceu a gravidade do caso e anunciou a demissão dos profissionais de plantão, além de sua denúncia aos conselhos de classe. Porém, isso não traz de volta uma vida perdida devido à negligência. Onde estava a responsabilidade de quem deveria salvar vidas?
A família de José Augusto, que veio de Mogi Guaçu, São Paulo, está indignada e considera entrar na Justiça contra as autoridades responsáveis. Já o Conselho Regional de Medicina abriu uma sindicância para apurar a conduta dos médicos envolvidos, mas será que isso resultará em mudanças reais? Até quando casos como esse vão continuar a acontecer?
Este episódio é mais uma demonstração das falhas gritantes no sistema de saúde pública. José Augusto não é apenas mais um número, mas sim uma vítima de um sistema desumano que ignora o básico: salvar vidas. Essa tragédia precisa ser um marco para exigir mudanças concretas e urgentes, pois vidas não podem continuar sendo perdidas por omissão e descaso.