O Partido da Causa Operária (PCO) expressou desaprovação quanto à escolha do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um artigo recente, o partido afirmou que essa decisão representa um erro substancial durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o Diário Causa Operária (DCO), veículo ligado ao PCO, a indicação de Dino foi uma demanda feita pelos próprios ministros do STF. O partido critica a atuação de Dino como um dos piores ministros no governo Lula, especialmente por liderar iniciativas repressivas, incluindo propostas de ampliação da pena máxima para 40 anos, entre outras medidas.
Além disso, o PCO, conhecido por sua posição em apoio ao grupo Hamas, também discordou de uma operação da Polícia Federal, conduzida sob a responsabilidade do ministério de Dino, que resultou na prisão de membros do Hezbollah no Brasil. O partido expressou preocupação com a possibilidade de Lula estar perdendo controle para a ‘burguesia golpista’. Segundo o PCO, Dino não é considerado um representante da esquerda, não enfrenta a extrema direita e não é visto como uma figura democrática.
O partido alega que a indicação de Dino para o STF pode representar a inserção de mais membros com posturas reacionárias, comparando-o a figuras como Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, o que, para o partido, representaria um perigo para a presidência.
Além disso, o PCO discorda também da indicação de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Da mesma forma que a escolha de Dino, o partido enxerga essa indicação como uma imposição do STF, especificamente dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O PCO descreve Gonet como um ‘direitista fervoroso e adepto da Operação Lava Jato’.
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