A Petrobras divulgou um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, experimentando uma queda de 42,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento no lucro bruto, impulsionado pela valorização do Brent e pelos maiores volumes de exportação de petróleo, venda de derivados e redução nas importações de GNL, o resultado final foi mais fraco.
A empresa atribui essa redução no lucro líquido principalmente ao desempenho financeiro, afetado pela desvalorização do real em relação ao dólar, e ao aumento das despesas operacionais, destacando custos exploratórios mais elevados e um menor ganho com a venda de ativos. Estes efeitos foram parcialmente compensados por despesas fiscais menores devido ao resultado antes dos impostos mais baixo.
Além disso, o lucro líquido foi impactado negativamente em R$ 0,6 bilhão devido a contingências judiciais e impairment de ativos. Excluindo esses itens não recorrentes, o lucro do terceiro trimestre deste ano seria de R$ 27,2 bilhões.
O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um impacto negativo de R$ 0,7 bilhão, principalmente devido a contingências judiciais. Desconsiderando esse efeito, o EBITDA ajustado teria alcançado R$ 69,9 bilhões no período.
O aumento nas receitas no trimestre foi impulsionado pela valorização de 11% no preço médio do barril de petróleo do tipo Brent e pelos maiores volumes de vendas de derivados no mercado interno e de exportações de petróleo.
A receita com derivados no mercado interno cresceu devido principalmente aos maiores volumes de vendas, especialmente do diesel. No entanto, a crescente participação do etanol como combustível para veículos flex segurou as vendas de gasolina.
A Petrobras também anunciou a distribuição de R$ 17,5 bilhões aos acionistas na forma de dividendos e JCP (juros sobre capital próprio), divididos em duas parcelas de R$ 0,672183 por ação ON e PN. O primeiro pagamento está programado para 20 de fevereiro, e o segundo para 20 de março do próximo ano. No total, os acionistas receberão R$ 1,344365 por ação, com a data de corte marcada para 21 de novembro de 2023.
Este é o segundo anúncio de pagamento aos acionistas desde a mudança na política de dividendos da empresa, que passou a pagar 45% do fluxo de caixa livre, em comparação com os 60% anteriores.
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