A Prefeitura do Rio divulgou o balanço financeiro de 2023, revelando um saldo negativo. Conforme a análise realizada pela equipe da vereadora Teresa Bergher (Cidadania), especializada em fiscalização orçamentária, a administração municipal registrou um déficit de R$ 1,4 bilhão em relação à receita. Ao examinar o relatório emitido pela Controladoria Geral do Município (CGM-Rio), constatou-se que o Rio deixou de arrecadar R$ 2,1 bilhões dos R$ 44 bilhões projetados para o ano anterior.
“Tivemos um resultado extremamente desfavorável. Não há espaço para otimismo em relação às finanças públicas municipais. O que vislumbramos é um cenário de crescentes dívidas. Além dos R$ 5 bilhões já obtidos em empréstimos, o prefeito Eduardo Paes solicitou ao Banco do Brasil mais R$ 1 bilhão para 2024”, declarou Teresa.
A equipe de Teresa ressaltou outros indicadores importantes. A receita não atingiu os R$ 41,9 bilhões, o que representa uma queda de 5% em relação aos R$ 43,9 bilhões previstos. Enquanto isso, as despesas finais (orçamento inicial + créditos adicionais) totalizaram R$ 48,3 bilhões, excedendo em R$ 4,3 bilhões a estimativa. As despesas empenhadas alcançaram R$ 43,2 bilhões, correspondendo a 90% do montante final previsto. O valor das despesas liquidadas foi de R$ 41,9 bilhões, atingindo 87% do total estabelecido.
O montante de restos a pagar chegou a R$ 3,8 bilhões.
Entretanto, é necessário destacar alguns números que evidenciam irregularidades nas contas da prefeitura. Em 2023, Eduardo Paes obteve um empréstimo de R$ 5 bilhões, aprovado pela câmara municipal e chancelado pelos vereadores.
No mesmo ano, alegando que apenas 700 mil dos 3 milhões aprovados em dezembro de 2021 foram efetivamente depositados na conta da prefeitura, Eduardo Paes solicitou um empréstimo adicional de R$ 797 mil para o sistema BRT.
Em 2024, Eduardo Paes contraiu um empréstimo de 1 bilhão de dólares do Banco Mundial.
E para concluir, até o momento em que esses empréstimos foram solicitados, a prefeitura já recebeu 4 bilhões dos 7,5 bilhões destinados ao município do Rio pela venda da CEDAE. Este dinheiro pode ser utilizado conforme o prefeito desejar.
“Cada prefeito gasta como quiser. Não há destinação prevista, é um dinheiro livre”, afirmou Cláudio Castro.
Como a prefeitura está enfrentando déficits, o Tribunal de Contas do Município precisa investigar todas essas questões.
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Fontes: https://temporealrj.com/prestacao-de-contas-prefeitura-do-rio-revela-ter-gastado-r-14-bi-a-mais-do-que-arrecadou-em-2023/ https://tribunadopoder.com.br/politica/desastre-economico-rio-de-janeiro-enfrenta-dividas-de-bilhoes/